INFORME FUI
CORÉIA DO SUL (GYEONGJU, BUSAN E ILHA DE JEJU) |
Quem diria, há pouco tempo atrás, que um país tão longínquo e pouco conhecido, fosse se tornar capa de editoriais de viagem e um dos destinos mais procurados por quem quer assimilar culturas diferentes e se atrever em roteiros menos óbvios.
A Coréia do Sul desperta e aguça curiosidade. Há províncias como Gyeongju que revelam história e paisagens muito interessantes. Ali se visita a área dos túmulos reais da dinastia do reinado de Silla, um dos mais antigos e importantes para a configuração do país. Estamos falando de quase um século AC. Justo Gyeongju foi capital desse reino, e quase toda a cidade atualmente é considerada patrimônio histórico pela UNESCO.
São tumbas que se misturam com a paisagem como pequenas colinas cobertas de grama. É possível no Museu Nacional de lá, ver peças, roupas e artefatos daquela época, além de podermos apreciar a proximidade das culturas coreana e japonesa. O museu tem outros pavilhões além do prédio central que também vale a pena serem vistos. Outro lugar incrível e indispensável é Seokguram Grotto. Não é lá tão fácil de acessar (há subidas e descidas), mas o grande e imponente Buda de pedra branca dentro de uma gruta vale o esforço. É certo que esse momento você terá que dividir com as muitas pessoas que lá estarão rendendo suas homenagens. O grande Buda está protegido por um vidro e proibido de ser fotografado como uma obra de arte em um museu. Se bem que para nossa alegria os museus de várias partes do mundo já se deixam fotografar...
Outro lugar de Gyeongju que recomendo é o templo de Bulguksa, que também é obra dos arquitetos da dinastia de Silla e demonstram com sua beleza extraordinária, a fé ao culto budista.
Não custa lembrar que Gyeongju está cerca de 2 horas de trem de Seul, o que é bastante conveniente. As distâncias são pequenas entre as cidades, e em menos de 1 hora de ônibus, você pode chegar a Busan, uma grande cidade portuária, com serviço de ferry inclusive para o Japão.
Em Busan você verá praias com pessoas mais vestidas do que habitualmente estamos acostumados. Aliás os coreanos são friorentos. Não se assuste com a falta de ar refrigerado em muitos lugares (ou a relutância em ligá-los!). Na Coréia o ar condicionado é usado apenas no verão, não sendo usual no resto do ano. Bem, em Busan está o cemitério dos soldados da ONU que lutaram na guerra da Coréia. É um parque memorial como em Washington, EUA. Um lugar que nos ajuda a entender e refletir sobre a história do país.
O pulso da cidade você sentirá no movimentado Mercado Jagalchi, um imenso mercado de peixes, onde o produto está vivo e as vezes pula aos seus pés! São bancas seguidas, com toda forma de coisas do mar, que senão para comê-las, servirão como uma aula de espécimes exóticos!
E se falando em comida, junte o apetite às compras, e vá ao Lotte, uma loja de departamentos maravilhosa e com uma área de alimentação ampla, variada, onde você vai encontrar refeições leves ou mais elaboradas.
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Fotos: Angela Güzey
Aliás, se seu paladar estiver aberto a incursões à autêntica cozinha asiática, você pode experimentar o shabu shabu, que é um prato muito conhecido e tão admirado quanto ao popular kimchi. O primeiro a base de carnes e vegetais cozidos em um caldo e o outro, uma acelga fermentada com muita pimenta. Vá com calma...
Para completar o roteiro em Busan, uma visita ao templo budista de Haedong Yonggung, que ao contrário de outros templos coreanos nas montanhas, esse está a beira mar. Há um mercado de rua até a entrada principal. Antes, repare nas doze estátuas de pedra que representam os signos do horóscopo oriental. Em seguida uma escadaria leva até grande uma imagem dourada de um hotei, um deus da boa sorte, e de outras imagens de Buda, sempre cercadas dos fervorosos fiéis com seus rituais de agradecimentos, orações e pedidos. O cenário impressiona.
E me resta falar de Jeju, uma ilha ao sul da Coréia, que está na lista de patrimônios naturais da UNESCO. Jeju é uma ilha vulcânica e você verá interessantes formações e totens que dão um caráter único a esse lugar. O Halim Park,é um ótimo exemplo do que falo, com as estátuas de dolharubang, que no passado eram entidades protetoras.Além disso você passeia por entre imensos bonsais, anda por cavernas e entra em contatos com espécimes da flora e fauna locais. Outro local que dá a dimensão da beleza dessa ilha é o Sunrise Peak, ou Seongsan Ilchubong. Uma paisagem deslumbrante (prepare-se para a subida), com direito em algumas horas do dia, poder ver mulheres, as haenyeo, que caçam polvos mergulhando em apnéia. Mas outros dois lugares você não pode deixar de conhecer: um vilarejo todo com casas feitas de lava com telhados de palha, chamado Seongeup. E ir ao templo budista de Sanbanggulsa, uma experiência visual inesquecível!
Aproveite, partilhe e desfrute ao máximo esse país, pois além da grande oferta de sítios emblemáticos, história e belezas naturais, segurança e simpatia há de sobra!
ANGELA GÜZEY - é psicóloga por vocação, e viajante e fotógrafa por paixão -
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