INFORME FUI
A linha de horizonte dessa cidade é de grandes prédios, torres altíssimas, edificações sofisticadas e futuristas que se contrapõem as ruelas e a natureza quase provinciana de alguns bairros e construções. Os rebuscados telhados dos pagodes, também fazem interessantes contrastes com a moderna Shangai, e os turistas se juntam aos chineses para agradecer e fazer pedidos aos budas e outras entidades. A dinâmica da cidade é acelerada. Turistas de todas as partes do mundo se deslocam entre as muitas atrações, e é preciso enfrentar filas para visitar por exemplo, o Museu de Shangai, o Bowuguan, com uma espetacular coleção de porcelanas, esculturas, e uma impressionante galeria dedicada a caligrafia chinesa. O museu também tem uma loja bem sortida com itens muito originais.
Vale lembrar que o museu está na Praça do Povo, em uma área imensa, arborizada com fontes e esculturas. Se for primavera, o colorido das flores é deslumbrante. Embaixo da praça há uma estação do metrô, e também passagens de nível muito cômodas quando se trata de atravessar as movimentadas avenidas que cercam a praça. E o adjetivo deslumbrante vale também para o cartão postal que é o Bund. A cidade está dividida nesse ponto pelo Rio Huangpu, e das suas margens se encontra um longo passeio elevado, aonde vemos o lado novo destacadamente financeiro de Shangai, o Pudong. Um desfile em vai e vem de barcos antecede a vista desses magníficos edifícios, marcos de uma arquitetura arrojada, como por exemplo a Pearl Tower, com suas imensas esferas cor de rosa. Não se contente em vê-los de um só ponto. Caminhe por sua extensão e admire a coleção de exóticos edifícios. Na parte de baixo desse passeio, você encontra em alguns trechos, cafés, sorveterias, e lojas de conveniência.
Do lado antigo nessa avenida, estão belos exemplos da era colonial em prédios onde hoje se alocam embaixadas, bancos, hotéis, etc. Esse é um passeio para ser feito de preferência em dois momentos: a luz do dia e a noite, para admirar todo seu encantamento.
E as compras? Para isso guarde sua energia para circular na agitadíssima rua de pedestre, Nanjing Road. E se faltar energia, há um simpático bondinho que faz o trajeto de ida e volta da rua.
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Fotos: Angela Güzey
De tão simpático, aconselho que o pegue de qualquer forma, pois é uma boa oportunidade de fotografar ou filmar com calma, e observar a vida que há nessa parte da cidade (a cobrança é feita depois que você já se sentou).
Os templos fazem parte de qualquer cidade chinesa, e em Shangai além dos tradicionalmente recomendados, há o Jingna Temple que está numa zona muito central, na West Nanjing Raiway, cercado de avenidas e modernos prédios. É um templo budista, com imagens belíssimas nos vários seguimentos de salas nos dois pavimentos que compõem o prédio. Nos corredores, nas salas e no pátio, você transita junto aos monges com suas vestimentas cor de açafrão. Eles seguem seu dia a dia de orações e afazeres, em meio aos fiéis, e algum que outro turista, que alimentam o imenso incensário enquanto se esmeram nos rituais de agradecimento e preces. Saindo do templo, em frente há um caminho arborizado que vai dar em uma das muitas praças de Shangai. Nessa há uma inusitada imagem em bronze de um rinoceronte e seu filhote. Ali as pessoas se reúnem, caminham, cantam e dançam. Levam a vida ao estilo provinciano, como outra qualquer praça do mundo. Porém estão ali, em meio a cosmopolita e exótica Shangai, um dos lugares mais populosos do mundo, uma economia pujante, um dos maiores centros industriais do país. Que incrível história de desenvolvimento nos conta essa antiga vila de pescadores...!
ANGELA GÜZEY - é psicóloga por vocação, e viajante e fotógrafa por paixão -
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